NÃO VOLTAREI
Á MINHA TERRA
Hoje sinto morrer a esperança,
de regressar a terra de minha origem.
Faço preces e imploro a Virgem,
perdoar-me, pois vim inocente criança!
Meus ouvidos aguçam ao fados,
vibra a alma empobrecida na falta,
do som das guitarras e meu peito salta,
nos corridinhos, quando vejo os bailados!
Então viajo nos sonhos e em imaginação!
Preencho minha alma vazia na recordação,
a deslocar para querida terra distante!
Atravesso o mar em sonho e na imensidão,
da noite profunda e na mesma escuridão,
me sinto feliz mesmo por um instante!
05/09/2005
A.C.amorim
<<<<<>>>>>
terça-feira, 29 de março de 2011
Goteira
Goteira teimosa
a escorrer pela telha
morrendo no chão.
Perturba e acorda
resmunga como sempre
o arcado ancião.
Relembra bons tempos
da goteira teimosa,
que através do zinco
molhava o barracão!
E sempre pingando
ou o sol demarcando
como espada o colchão.
E a noite o luar
quando infiltrava
de leve o acariciava
preenchendo a solidão!
Agora resta é contar
os pingos caindo
a memória esvaindo
e de saudade chorar!
A.C.amorim
Goteira teimosa
a escorrer pela telha
morrendo no chão.
Perturba e acorda
resmunga como sempre
o arcado ancião.
Relembra bons tempos
da goteira teimosa,
que através do zinco
molhava o barracão!
E sempre pingando
ou o sol demarcando
como espada o colchão.
E a noite o luar
quando infiltrava
de leve o acariciava
preenchendo a solidão!
Agora resta é contar
os pingos caindo
a memória esvaindo
e de saudade chorar!
A.C.amorim
quinta-feira, 24 de março de 2011
Sei o que vão dizer: Isto é coisa que se escreva? E pior num blog?
Onde todos lêem? Isto não é tema de poema!
Não, não é poema. Isto aconteceu e marcou bastante.
E um dia eu estava vagando com meus pensamentos o passado e lembrei
do triste ocorrido!
Peguei um lápis e rascunhei...
JOÃO SÓ
João de que? Ou João só!...
Pára pensativo na estação,
olha para o lado desconfiado.
Não conhece ninguém
fica parado...
João saiu de sua terra e na mala,
algumas peças de roupas e balas,
desembrulha uma, a fome aperta...
Decide... uma coisa é certa.
João caminha, precisa ir em frente,
porque a fome já confunde a mente...
Turva-lhe a visão, sente sede...
onde está a água? Vê uma rede...
Cuidado moço! Grita em voz aguda...
É comigo? É minha mãe, mas ela é muda...
"Ah! Estou sonhando, eu vim só!
Deixei minha mãe, mulher e avó...
Quem me acena, ai que dor!"
Ih! Acho que cai! Que calor!...
Olha... um anjo veio me ajudar,
está todo de branco, que doce olhar!...
Naquela estação João era ninguém,
ali nenhum parente...Alguém aparece...
E com a pá retira os restos de João,
sem vintém espalhados no chão!
A rede que João cansado avistara,
era a linha do trem,
a fome o cegara
e terminava sua ilusão!
A.C.Amorim
28/07/2007
<<<<<>>>>>
Onde todos lêem? Isto não é tema de poema!
Não, não é poema. Isto aconteceu e marcou bastante.
E um dia eu estava vagando com meus pensamentos o passado e lembrei
do triste ocorrido!
Peguei um lápis e rascunhei...
JOÃO SÓ
João de que? Ou João só!...
Pára pensativo na estação,
olha para o lado desconfiado.
Não conhece ninguém
fica parado...
João saiu de sua terra e na mala,
algumas peças de roupas e balas,
desembrulha uma, a fome aperta...
Decide... uma coisa é certa.
João caminha, precisa ir em frente,
porque a fome já confunde a mente...
Turva-lhe a visão, sente sede...
onde está a água? Vê uma rede...
Cuidado moço! Grita em voz aguda...
É comigo? É minha mãe, mas ela é muda...
"Ah! Estou sonhando, eu vim só!
Deixei minha mãe, mulher e avó...
Quem me acena, ai que dor!"
Ih! Acho que cai! Que calor!...
Olha... um anjo veio me ajudar,
está todo de branco, que doce olhar!...
Naquela estação João era ninguém,
ali nenhum parente...Alguém aparece...
E com a pá retira os restos de João,
sem vintém espalhados no chão!
A rede que João cansado avistara,
era a linha do trem,
a fome o cegara
e terminava sua ilusão!
A.C.Amorim
28/07/2007
<<<<<>>>>>
Assinar:
Postagens (Atom)