Goteira
Goteira teimosa
a escorrer pela telha
morrendo no chão.
Perturba e acorda
resmunga como sempre
o arcado ancião.
Relembra bons tempos
da goteira teimosa,
que através do zinco
molhava o barracão!
E sempre pingando
ou o sol demarcando
como espada o colchão.
E a noite o luar
quando infiltrava
de leve o acariciava
preenchendo a solidão!
Agora resta é contar
os pingos caindo
a memória esvaindo
e de saudade chorar!
A.C.amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário