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domingo, 28 de fevereiro de 2010

      Lembranças
                  da Praia

Olhando a àgua que bate na areia,
começo a relembrar em seu vai e vem.
Quando jovem e em noite de lua cheia,
andava na água e me molhava também

Tenho saudade das crianças travessas,
que ao bater em seus castelos de areia
as deixavam furiosas, ás avessas.
Sendo puxado enquanto a maré permeia!

Ao longe uma linda senhorinha!
Vem com água pelas canelas.
Que vontade de molhar as minhas!
Levanto a saia... olho... não são mais belas!

Os jovens branzeados com orgulho,
na areia quente jogam voleibol.
Depois vão se refrescarem no mergulho,
cheios de areia e dourados do sol!

Estas cenas eram vividas por nós.
Tudo igual ao tempo que passou.
Os gritos das broncas de nossos avós,
no eco da memória é o que restou!

As ondas no seu vai e vem,
me fazem com carinho relembrar!
Preenchendo-me com a energia que tem,
essa força profunda vinda do mar!

A.C.Amorim    26/08/04


                   

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Origem desses escritos



É claro que por um lapso de memória deixei, passar o dia do acontecimento que tanto abalou os cidadãos santistas,vou deixar
aqui como surgiram esses versos.
No dia 18/02/2001, deitei mais cêdo. Lá pelas tantas sonhei que presenciava um incendio. Acordei em sobressalto e gritando _Labaredas!Labaredas¨ ! e em seguida eu dizia desesperada _¨Que fornalha, que fornalha¨!
Levantei-me de uma pulo, fui para a cozinha e escrevi esses versos,eram exatamente 11hs.e 45minutos e terminei á 0,00hs. e agora estou passando à vocês. Eu tinha a intenção de colocar aqui, no dia em que se deu a tragédia, mas como expliquei acima não foi possível. Espero que gostem ao me visitarem.


Cadê

          Meu Barracão?



Que labaredas! Que Labareda!
Apontam com energia para o céu.
Pela direita e a esquerda
com as pessoas se sentindo ao léu!

Que sofrimento, que sofrimento!
Tantas lamúrias juntas em coro,
tentando aplacar as dores,
e abafam os gemidos com o chôro.

Chora a mãe com seu filho,
que socorro aflita pede.
As pernas fazem trocadilho,
quer fugir e esforços não mede.

Que labaredas, que labaredas!
Caminham cegas rumo ao mangue,
rumo incerto pelas veredas;
da morte.E misturam carne ao sangue!

Que fornalha, que fornalha!
Gente abraçadas caídas no chão!
Tudo triste as plantas agora é palha,
cadê? Onde está meu ¨Barracão¨?

Tudo silêncio, tudo negro,
ruina total cada um sentindo-se só.
Encontram a tristeza e o mêdo,
em viver nos escombros da Vila Socó!
A.C.Amorim==============tragédia 24/02/1984
escrita em  18/02/2001

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A NATUREZA

Tudo que no mundo acontece
enxurradas e furacões
é o que restou das ações
do homem em seu progresso.
E o próprio homem esquece
que a preservação da natureza
é nossa maior riqueza
não o dinheiro e o sucesso.
A.C.Amorim
  Chuva
            na
               Vidraça

Olho a chuva
através da vidraça,
deslizando
como lágrimas de meu coração!
Quisera transformar 
essa chuva baça
em torrente de amor da nossa paixão.

A chuva tranquila
e sem pancada forte
deixa as marcas
de sua presença gelada!
Sem sair
e entregue á minha sorte
Não posso te ver e nem fazer nada!

Chuva que
marca minha vida!
De momentos felizes
mas neste instante
sem tua presença
me vejo despida
do cobertor de teus braços
e seu amor constante!

No meu delirio
só e sem graça
vou contando
as gotículas deslizarem
teimosamente
parece pirraça...
até que chegues
e teus braços me afagarem!

A.C.Amorim
12/06/05

domingo, 21 de fevereiro de 2010

FONTE DA VIDA!

Riacho que caminha manso,
vai lavando as pedras do fundo.
Transparente mostra o avanço,
ao chegar no rio profundo.

Ás vezes infiltra no caminho,
e forma uma nascente de àgua pura!
Aplaca a sede dos passarinhos,
Ao jorrar de uma fonte na pedra dura!

Também como um véu esvoaçante,
refletindo nas quedas a cor da prata.
Mansa brilha com a luz do sol,
em descanso nos ribeirinhos e cascatas!

Caminha nas curvas seu rumo é certeiro,
para a imensidão do mar crespante.
Sobe ao céu em extenso nevoeiro,
Tornando-se nuvem no horizonte!

Volta à Terra e destilada no ar,
molha o solo para ativar a plantação.
Essa água cristalina vem nos brindar,
com  a fonte da vida nessa imensidão!


A.C.Amorim
15/09/2005

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

OS LIRIOS DA TELA

No canto a tela quietinha descansa,
e exibe os lírios branco da pureza.
É a cor trabalhada com as mãos mansa,
ao manusear os pincéis com destreza,
a artista compenetrada e silenciosa!

De relance lembram estrêlas brilhante,
ao reluzir a noite sob os reflexos do luar!
Mas ali fixas e meus olhares constantes,
tornou-se jardim da natureza a cantar!
Como a mãe ao ninar seu filho doce e amorosa!

Lirios; são só lirios colocados na tela,
mas o significado é grande, forte e sentido,
no óleo ou desenho primário de uma aquarela!
A artista colocou o sentimento omitido,
de forma doce a alma sensivel e carinhosa!

Todos os dias eu passava na loja de uma
amiga e a via pintar. depois de pronto
 fiquei encantada!
Aí surgiu esses verso em sua homenagem

A.C.Amorim

RECADO

Bom, abri esse cantinho para que conheçam
um pouco de meu trabalho.
Como toda boa libriana meu passatempo é
rascunhar alguns versos.
Não sou poeta mas o mundo da poesia
me absorve a tal ponto que sana
todos os meus problemas.
Nesta pagina deixarei exposta o que
escrevo e também de autores que prezo muito
e alguns artigos de livros ou o que eu ache interessante:
para que ao visitar esse blog encontre
 poemas que toque a alma. 
Querem saber meu autores preferidos?
Ai vão alguns:  J.G. Araújo Jorge, Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Castro Alves, Marilúy Lucas e outros,
São tantos que talvez ficaria aqui por muito tempo.

                   BEM VINDO À TODOS

Para iniciar vou abrir com um poema importante:


VERSOS A JESUS

Serviu-te a mangedoura humilde de começo,
nem palácios reais, nem berços de cetim...
_aliás, para pregares a obra que conheço
tu podias mesmo ter nascido assim...

Decorei tua história e dela não me esqueço
porque sei que tu fôste humano e igual a mim!
_e sofreste, e sonhaste, e pagaste por preço
do teu sonho o Calvário que aureolou teu fim!

Sem falsas liturgias revelaste a Vida,
e curvado, com o pêso da cruz sôbre os ombros
sangraste os pés desnudos na íngreme subida...

Inútil sacrificio!...Hoje, apóstolos teus
reduzindo a grandeza do teu sonho a escombros
mercadejam teus restos em nome de DEUS!

  Este poema foi escrito pelo autor:
J.G.Araújo Jorge e encontra-se no livro
editado em 1961.
AMO    na nona edição (Ele foi locutor da
Rádio Tupi do Rio de Janeiro).