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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Origem desses escritos



É claro que por um lapso de memória deixei, passar o dia do acontecimento que tanto abalou os cidadãos santistas,vou deixar
aqui como surgiram esses versos.
No dia 18/02/2001, deitei mais cêdo. Lá pelas tantas sonhei que presenciava um incendio. Acordei em sobressalto e gritando _Labaredas!Labaredas¨ ! e em seguida eu dizia desesperada _¨Que fornalha, que fornalha¨!
Levantei-me de uma pulo, fui para a cozinha e escrevi esses versos,eram exatamente 11hs.e 45minutos e terminei á 0,00hs. e agora estou passando à vocês. Eu tinha a intenção de colocar aqui, no dia em que se deu a tragédia, mas como expliquei acima não foi possível. Espero que gostem ao me visitarem.


Cadê

          Meu Barracão?



Que labaredas! Que Labareda!
Apontam com energia para o céu.
Pela direita e a esquerda
com as pessoas se sentindo ao léu!

Que sofrimento, que sofrimento!
Tantas lamúrias juntas em coro,
tentando aplacar as dores,
e abafam os gemidos com o chôro.

Chora a mãe com seu filho,
que socorro aflita pede.
As pernas fazem trocadilho,
quer fugir e esforços não mede.

Que labaredas, que labaredas!
Caminham cegas rumo ao mangue,
rumo incerto pelas veredas;
da morte.E misturam carne ao sangue!

Que fornalha, que fornalha!
Gente abraçadas caídas no chão!
Tudo triste as plantas agora é palha,
cadê? Onde está meu ¨Barracão¨?

Tudo silêncio, tudo negro,
ruina total cada um sentindo-se só.
Encontram a tristeza e o mêdo,
em viver nos escombros da Vila Socó!
A.C.Amorim==============tragédia 24/02/1984
escrita em  18/02/2001