Tudo
Passa
Tudo passa mas ficam as marcas,
da vida, no tempo do passado.
Tudo é triste quando se embarca,
em um amor mal acabado.
Do juramento silencioso,
feito em momento rompante.
Ele tão amável e carinhoso,
parecia real aquele instante!
Mas tudo deu errado.
Nada foi verdadeiro.
Acordei, havia sonhado
com seu beijo tão ligeiro!
Na minha vida tu passaste,
como um relâmpago faiscante...
Senti que me amaste,
fizera-se bem marcante!
Guardo no coração os momentos,
de carinho e felicidade.
Ficarás em meus pensamentos,
para os momentos de saudades!
A.C.Amorim
10/10/1998
domingo, 29 de maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
RIACHO
Riacho raso,
que atravessas todos os dias,
ás vêzes fico para trás me atrazo,
só para ver, você passar
é minha alegria!
Calma como a água que corre
andas na relva macia.
Junto á bica que escorre,
minhas lágrimas de alegria!
Vens como sereia,
ao soltar os seus cabelos.
Mas seu olhar de gêlo,
sei, que ao meu amor és alheia!
Fico feliz só de olhar os seus pés,
pisando nessa água mansa e fria.
Minha cabeça fica ao revés,
e, uma história de amor cria!
Não posso me aproximar,
por ser peão de seu gado.
Não tenho culpa de me apaixonar
e não devo ser julgado!
Olhando todos os dias você,
atravessando esse riacho.
Me realizo, sou feliz ao saber
que não desconfias; eu acho!
A.C.Amorim
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Meus
DomingosPasso os domingos olhando
as aves no espaço flutuarem
como pluma a bailarem
na leveza do vento.
Admiro-me observando
mergulharem com destreza
içar o peixe que a natureza
ofereceu como alimento.
A água bate nas pedras
com a fúria da maré
e enquanto volta de ré
leva até meu pensamento.
Ou ás vezes quando se quebra
batendo com fúria possessa
parece fazer a promessa
de me trazer o alento.
Preencho meus domingos
vendo as ondas beijar a areia,
me transformo fico alheia
com essa visão aprazível.
No rosto recebo os respingos
enquanto as aves dançam
outras nas árvores balançam
com equilíbrio incrível!
Extasia-me olhar voarem
sobre o extenso azul do mar
e me pergunto, como seria deslizar
sobre as espumas cor da prata!
Ouço os pássaros cantarempresentes na nossa Natureza,
são cantores na sua purezaoferecendo as suas serenatas!
A.C.Amorim
13/102008
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Musica é o
Som da Vida!Musica é o que eu ouvia na infância;
O som vibrante dos sapos a bater lata,
os grilos nos ouvidos em constância,
a chegarem nítidos da longíqua mata!
Era o barulho que a lagoa continha,
a saltarem na água; "na cidade é raro".
São lembranças que para sorte minha,
hoje o reviver as lembranças é tão caro!
O vibrar dos ventos ao passar entre os galhos,
o silvar às vezes dava mêdo, causava arrepio!
Encolhia-me sobre o fogão no seu borralho,
e pedia ao vento que parasse com seu assobio!
Música é quando no amanhecer acontecia,
os cantos misturados dos pássaros silvestres.
O qual cada um mostrava sua melodia,
e tudo era belo nessa vida tão campestre!
Os passos indecisos no caminhar pelas trilhas,
que levavam à mata espessa e cachoeiras.
Ouvia mais forte ao aproximar da forquilha,
o ruído das aguas no cair entre as trepadeiras!
As notas musicais da vida na natureza são
o som das águas, o vento e o nascer das flores.
Nessa sinfonia a orquestra exibe a canção,
do som da vida; Entoada por vários cantores!
A.C.Amorim
16/10/2008
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quinta-feira, 7 de abril de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
JOÃO
o andor ladeira acima,
sobre o mesmo São João
o povo cantando
sem coro e sem rima.
Em festa as solteironas,
grande número já titias,
preparavam os papéizinhos,
para fazerem as simpatias...
Ao passarem no cemitério
o mêdo de alma penada
era agarrado Seu Eleutério,
até que gostava...Sentia-se
o protetor da moçada!...
Finalmente lagoa chegando.
Prece é feita, terço rezado.
Simpatias, tempo que voa
o santo banhado!
Na inesquecível lagoa!...
Com o caminhar orando,
simpatias e alguém molhado,
voltamos á igreja cantando,
São João comemorado!...
E ninguém com namorado!...
Até hoje na mesma lagoa,
coitado do São João!
Quando a madrugada soa,
no fim da procissão,
com raiva mergulham o coitado
Por não terem desencalhado!
24/09/05
A.C.amorim
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Dança
do
Sol
Astro que brilha onipotente!
Sua luz faiscante aquece e germina,
a mais minúsculas sementes,
para a vida como a mesma determina!
Seus fachos resplandecem sobre as copas
das ávores, que balançam com a aragem.
Para se refrescar alguém galopa,
e para á sombra da imensa ramagem!
Outros á beira mar com o corpo dourado,
recebendo direto seu raio atrevido.
Espalhando reflexos no mar prateado,
das ondas espumantes a se quebrar com alarido!
Ao dispersar sobre a terra o calor...aí ouso,
me espalhar sob o seu manto aquecido,
e deitar estirada me entrego em repouso,
para acalmar os meus sentidos!
Recolhendo-se por trás das colinas distantes,
como um Rei altivo guarda a esperança.
Para de novo com a aurora deslumbrante,
trazer de volta o amanhecer como criança!
A.C.Amorim
12/05/05
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