Translate



quarta-feira, 23 de março de 2011

A
   NOIVA!

Vestido branco, a grinalda marcando a pureza,
entra na capela com a alma em êxtase.
A hora tão esperada brilha em beleza,
o luxo dava a todos a sensação de ênfase.

Das passadas leves mas nervosas,
no compasso da marcha nupcial,
o pai a levava e suas mãos calorosas,
apertavam a cada nota e caminhavam...

Dali em diante seria diferente.
Entregue ao homem que sempre amou,
sua rota de ilusões tão sómente
completaria sua meta.É o que sonhou!

A cauda do vestido se arrasta pelo chão,
tão longo como os sonhos a vir!
E como princesa altiva leva no coração,
esperança e amadurecimento e passa a sorrir!

As fileiras de flores nos bancos sorriem.
A união promete felicidade suprema,
se entrega ao amado tudo é perfeito,
agora feliz e forma, uma estrofe de poema!

Completa o sacerdote o ritual abençoado.
As alianças unidas são colocadas nos dedos,
o casal se beija e sela o juramento marcado,
que esse amor seja forte como o rochedo!

Os pais esperam o fim do enlace simbólico,
as lágrimas descem de alegria ou tristeza?!
Entregam sua filhinha com gesto melancólico,
e pedem a "Deus", que faça feliz sua princesa!



                          














A.C.Amrorim
13/05/2000

sexta-feira, 18 de março de 2011

Estes versos escrevi no ano de 2006, logo após o Tsumani da Indonésia. Estava na gaveta e com as últimas ocorrências do Japão, resolvi divulgar no Blog. Não é exatamente um poema,
é o que senti na época e estou sentindo agora!
Porque o sentimento é o mesmo de qualquer povo ao passar por essa tragédia; angústia, apreenção e tristeza. Só que a cada Paíz difere, talvez devido  as religiões e seus entendimentos, e o mesmo se dando a aceitação. Não sentem revolta, apenas força e fé de um novo recomeço. As vezes dá a sensação que são frios, mas o que fazer, se não há culpados, apenas, nós os humanos fazemos parte da Natureza que Deus criou e juntos fazemos parte dessa criação.E o nosso criador deu o maior poder ao Universo!

ONDAS
             GIGANTES

Estirados sobre o lençol de areia,
tranquilas, em aproveitar os momentos mágicos,
a qual a natureza os presenteia,
olham ao redor, tudo é sonho e fantastico!

A praia naquela hora impregnada de turistas,
dando afazeres aos nativos do lugar!
Pessoas idôneas, escritores e artistas,
entregam-se com a alma á calma do mar!

Ao longe as montanhas elevadas como seios,
acalentavam as águas em seu regaço.
O sol, suas espadas cortavam os anseios,
clareando a tudo enquanto no horizonte,
unem-se em um grande abraço!

Crianças espalhadas por toda extensão da areia,
constroem castelos enquanto a sonhar!
Com histórias inventadas de uma sereia,
que salvou muitas crianças da fúria do mar!
...........

Como uma fera, jogando-se sobre as vítimas,
em formato de massa homogênea e nefasta,
petrificados ficam a espera, e aproxima
o momento drástico e tudo e a todos arrasta!

Povos da beleza e do amor das ilhas,
tragados traiçoeiramente, pela natureza do lugar!
Levando sorrateira com brutalidade suas filhas,
arrancando-os dos seios o rebento a mamar!

Sem os filhos a dor estilhaça os corações,
levando a esperança, deixando tristezas e dores! 
Esperam, que ainda vivam mas as desilusões:
estiradas sem vida no arenoso chão,
ali está seu povo, seus filhos e seus amores!

Sem classe social, uma só raça um só povo,
quem sobrou renasceu á vida, e com fervor ora!
As crianças magoadas com a sereia e de novo
as invocam, para que traga de volta,
pelo menos a paz e recomeçar tudo agora!

O que resta é orar a Deus e de joelhos se reúnem,
sem saber, agradecem ou choram por suas vidas.
Mas com certeza em uma só dor se unem,
porque Deus precisava de anjos,
                         [e antecedeu suas partidas!

A.C.Amorim
ano 2006

                 <<<<<>>>>>

segunda-feira, 7 de março de 2011

Carnaval

Troquei-me, fiz a maquiagem,
olhei para o espelho e sorri.
Bati a porta com força decidida,
sem olhar para trás, saí.
Era o caminho do sonho
de minha vida!

Eu linda, as plumas
esvoaçavam em meu rosto.
A roupa colada
dileneava meu corpo,
então tomei meu posto!

Os saltos me faziam leve, flutuava!
Era um conto de fada!
O grito de guerra
o apito,
o som iniciava!

No asfalto a primeira passada!
Eu a frente da bateria, sorria!
O som aumentava,
sobre o asfalto
sambava maravilhada!

O tilintar do telefone
a fantasia jogada no chão,
levanto de camisola e chinelão.
Olhei o relógio e a folhinha,
e para tristeza minha...
"quarta feira"
sonhei!...
Com o Sambódramo
da ilusão!
A.C.Amorim
2005

                              <<<<<>>>>>