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sexta-feira, 18 de março de 2011

Estes versos escrevi no ano de 2006, logo após o Tsumani da Indonésia. Estava na gaveta e com as últimas ocorrências do Japão, resolvi divulgar no Blog. Não é exatamente um poema,
é o que senti na época e estou sentindo agora!
Porque o sentimento é o mesmo de qualquer povo ao passar por essa tragédia; angústia, apreenção e tristeza. Só que a cada Paíz difere, talvez devido  as religiões e seus entendimentos, e o mesmo se dando a aceitação. Não sentem revolta, apenas força e fé de um novo recomeço. As vezes dá a sensação que são frios, mas o que fazer, se não há culpados, apenas, nós os humanos fazemos parte da Natureza que Deus criou e juntos fazemos parte dessa criação.E o nosso criador deu o maior poder ao Universo!

ONDAS
             GIGANTES

Estirados sobre o lençol de areia,
tranquilas, em aproveitar os momentos mágicos,
a qual a natureza os presenteia,
olham ao redor, tudo é sonho e fantastico!

A praia naquela hora impregnada de turistas,
dando afazeres aos nativos do lugar!
Pessoas idôneas, escritores e artistas,
entregam-se com a alma á calma do mar!

Ao longe as montanhas elevadas como seios,
acalentavam as águas em seu regaço.
O sol, suas espadas cortavam os anseios,
clareando a tudo enquanto no horizonte,
unem-se em um grande abraço!

Crianças espalhadas por toda extensão da areia,
constroem castelos enquanto a sonhar!
Com histórias inventadas de uma sereia,
que salvou muitas crianças da fúria do mar!
...........

Como uma fera, jogando-se sobre as vítimas,
em formato de massa homogênea e nefasta,
petrificados ficam a espera, e aproxima
o momento drástico e tudo e a todos arrasta!

Povos da beleza e do amor das ilhas,
tragados traiçoeiramente, pela natureza do lugar!
Levando sorrateira com brutalidade suas filhas,
arrancando-os dos seios o rebento a mamar!

Sem os filhos a dor estilhaça os corações,
levando a esperança, deixando tristezas e dores! 
Esperam, que ainda vivam mas as desilusões:
estiradas sem vida no arenoso chão,
ali está seu povo, seus filhos e seus amores!

Sem classe social, uma só raça um só povo,
quem sobrou renasceu á vida, e com fervor ora!
As crianças magoadas com a sereia e de novo
as invocam, para que traga de volta,
pelo menos a paz e recomeçar tudo agora!

O que resta é orar a Deus e de joelhos se reúnem,
sem saber, agradecem ou choram por suas vidas.
Mas com certeza em uma só dor se unem,
porque Deus precisava de anjos,
                         [e antecedeu suas partidas!

A.C.Amorim
ano 2006

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segunda-feira, 7 de março de 2011

Carnaval

Troquei-me, fiz a maquiagem,
olhei para o espelho e sorri.
Bati a porta com força decidida,
sem olhar para trás, saí.
Era o caminho do sonho
de minha vida!

Eu linda, as plumas
esvoaçavam em meu rosto.
A roupa colada
dileneava meu corpo,
então tomei meu posto!

Os saltos me faziam leve, flutuava!
Era um conto de fada!
O grito de guerra
o apito,
o som iniciava!

No asfalto a primeira passada!
Eu a frente da bateria, sorria!
O som aumentava,
sobre o asfalto
sambava maravilhada!

O tilintar do telefone
a fantasia jogada no chão,
levanto de camisola e chinelão.
Olhei o relógio e a folhinha,
e para tristeza minha...
"quarta feira"
sonhei!...
Com o Sambódramo
da ilusão!
A.C.Amorim
2005

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terça-feira, 1 de março de 2011









Teus
       Olhos

Olhei teus olhos profundos,
e ao fixar os olhos meus,
sentiram,
como se estivessem em dois mundos
e não consegui desviar dos teus!

Quando aprofundei
o meu olhar nos teus,
acho que em vida distante,
te encontrei e amei antes!

Aconcheguei-me em tua vida
sem saber nada de ti.
Amei e fiquei perdida,
quando te ausentaste, sofri.

Voltaste e meus olhos
retornou o brilho de alegria!
Encontraste no meu corpo,
realidade e fantasia.
Seria para sempre?
Ou talvez nem lembre,
o que te ofereci um dia!

Sem esse olhar eu não vivo.
É  luz a iluminar
o meu caminho!
Para sempre te amarei!
E na lembrança desse olhar,
é onde me aninho,
e dos outros olhares
me esquivo!


A.C.Amorim.




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