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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010











NATAL....

Natal
á espera de presentes,
tudo enfeitado
o pai presente
pai afastado
menor carente
aguarda o Papai Noel
descer, através
da chaminé.
O abastado recebe,
abriu presentes
o pobre percebe...
sua chaminé é do fogão!
Será que
vem pelo portão?
Ou errou a direção?...
Natal de muita fé,
ou fé pouca
gente religiosa
ou louca...
Algumas festejam em oração.
Outras com bebidas
e copos nas mãos
para criar coragem
e dar vazão
as mágoas do coração.
Uns choram arrependidos
e dizem...Natal é paz!
E derrubam o copo no chão.
Contam sentidas
as decepções,
que marcaram suas vidas.
O alcool no seu efeito,
choram o casamento desfeito,
ou acusam o defeito do outro,
que não tinha defeito
quando se uniram.

...

Ê!... Data mais engraçada!
terminam todos chorando
á meia noite se abrançando
esquecendo as ingratidões.
A alegria da criançada,
soam como benção de Jesus
porque sua Divina Luz,
alcançou os corações!


A.C.Amorim
2005
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domingo, 28 de novembro de 2010

Ilusão de Poeta

No ar, tempo ou pelo Universo
ilusões que passam e desfazem!
Minutos só meus e me aprazem.
Enquanto estou com minha ilusão,
montando estes incompreensíveis versos.

Minutos de loucura que o mundo dá,
aos que vivem de ilusão nesta vida.
Aos poucos penso, sonho, acho que está,
mais próxima minha frustação
pela guerra dos problemas
que lutei e fui vencida!

Horas acordada passei nos encantos,
desses amores imaginários e sentidos.
Os sonhos preenchem e são tantos,
alimentando a alma e o coração,
no faz de conta sempre vividos!

Eram horas profundas de imaginações férteis,
num lâmpejo minha alma ditava!
Embora arrastadas como repteis,
as palavras sem rima ou compreenção,
sempre que escrevia, só para eu importava!

Agora estou aqui sem entender,
porque ninguém compreende o que digo.
O que faço agora... é esquecer?
Viver vazia sem ilusão?
Não... pois que falem...
escrevo sem regra não ligo...

Não importa o que escrevo; devo agora,
sobre o papel preencher a lacuna do meu coração!
Por dentro minha alma devora...
Preciso trabalhar a imaginação,
ou a chama que arde evapora...
e perco a unica fonte de inspiração!

04/08/2005
A.C.Amorim

terça-feira, 26 de outubro de 2010



MOMENTOS

No amor partilhamos as alegrias,
numa troca profunda de sentimentos.
Tornando-nos uma só pessoa,
e em maravilhas nossos momentos!

Sem se preocupar com nada ou em tudo,
nos entregamos nas mais escandalosas malícias.
Viajando ou flutuando sem ver nada,
só importando o labirinto de nossas carícias.

Que nos leva na mais profunda viagem,
em  mergulho das águas azuis do oceano.
Naquele momento nada importa, nada resta,
só importa sim, esse amor insano!

Os nossos corpos transformados pela paixão,
com as almas famintas nesse amor tão louco.
Longe não ficamos um só momento, porque
todos os momentos para nos é tão pouco! 


A.C.Amorim
   1998


terça-feira, 19 de outubro de 2010






Esses versos escrevi as pressas para minha filha levar para a empresa em que trabalhava. Ela queria fazer brincadeiras com as colegas e fez sucesso entre eles.
Foi apenas uma rascunhada que eu queria brincar também!


NOITE DE HALLOWEEN

Hoje no cemitério é dia de festa.
A caveira abriu a sepultura para festejar.
No dia das bruxas o ar infesta,
odor de bruxaria no caldeirão a queimar!

Colocaram na panela algumas minhocas,
aranhas de pernas peludas e caranguejeiras.
No canto duas caveiras contando fofoca,
da caveirinha sensual e faceira!

Da sepultura levantou  com sua beleza,
e convidou o esqueleto para passear.
O caminho era escuro e a vela empinada,
estava doido, para seus ossinhos alisar!

Juntou o morcego com a capa prêta,
para esconder as vitimas na hora de chupar...
o pescocinho de alguma xereta,
o sangue... de quem fôsse na festa xeretar!

Mas o que alegrou macabramente,
foi o casal de caveiras que se engancharam.
Nas fraturas expostas, estavam indecentes,
e com os seus movimentos os ossos racharam!

Morcêgo para lá, morcêgo para cá,
fuja do morcêgo ele quer te pegar!
Guarde o pescoço, não o deixe alisar!...
terás arrepios...quando te sugar!...

A abóbora queria o abóbora macho,
que enfeitados de caveira arrulhavam
Tão iluminados e acesos nos seus fachos,
tentaram, e de tão roliços escorregavam!

Com abóbora, caveiras, morcêgos e aranhas,
o dia das bruxas ou Hallowween foi divertido.
Graças a eles não teve nenhuma piranha,
e acabei me apaixonando pelo morcêgo
com a capa, e seus dentes "Atrevidos!"


31/10/2005
A.C.Amorim














quinta-feira, 7 de outubro de 2010

essas flores acima eram de minha antiga residência.................
PRIMAVERA!
Primavera é renovação e beleza!
À traduzir o colorido das flores,
no bouquet preso com delicadeza,
brindando os olhos com seus matizes!
"E facilitando a união de tanto amores"!

         Lentamente umas vão se abrindo
         outras abertas...
         Parecem sorrirem felizes,
         nos jardins das praias desertas!

A estação com temperatura amena.
O clima tropical ás vezes quente.
O cravo diante da rosa sinto pena:
ao ve-lo tão só, triste e carente!

Feliz é a flor do girasol,
que vive estático, soberbo a olhar!
Acompanha orgulhoso o astro sol,
como se estivesse a rosa guardar!

Juntando todas as flores num buquê,
são entregues com amor a seu amor.
Outras em coroas não sei porquê,
as usam no ato simbólico de dor!

Na primavera é renovação das energias,
ao espargir o orvalho no amanhecer!
O aroma perfumado do ar destes dias,
é guardado na alma, para nunca esquecer!


20/09/2004
A.C.Amorim

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sábado, 11 de setembro de 2010

O VENTO

O vento uiva
trazido do norte
deixando a deriva
até o mais forte.
Entre as montanhas
só vejo o pó
o vento
com artimanha
eu, com paciência de jó.
Venço barreiras
chego no local
cheio de poeira
não sou mais igual!
Do tempo que eu era
um moço... Amadureci
e nos braços quisera
a ter,pois nunca esqueci!
No vento que amansa
levo a esperança
de te encontrar.
Para te dar alegria
e esse amor com tardança
minha saudade, aplacar!


A.C.Amorim
20/03/1999

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

FLORES!

Anotei no papel sobre a mesa,
que a alegria de tantos amores,
é quando a amada recebe nos braços,
o belo e colorido;...
                              ramalhete de flores!

O perfume exalado no ambiente,
são como notas musicais que os autores,
retiraram de suas almas a delicadeza.
juntando-se formaram;...
                            uma orquestra de flores!

Bailam ritmadas no som da valsa,
e abrem-se orgulhosas, exibindo suas côres!
E na aragem do amanhecer são acariciadas,
arrepiando-se nas campinas;...
                                    o belo tapete de flores!

Depois caídas, por terra sem vida,
sabendo não sentir mais os beija flores,
serão húmus que futuramente alimentarão
os jardins, ou inspiradas;...
                          nas telas dos grandes pintores!
A.C.amorim
22/07/2009





                                  

domingo, 29 de agosto de 2010

                              FERNANDO SABINO

Hoje vou fazer uma homenagem a um grande escritor e jornalista brasileiro, Fernando Tavares Sabino. Nascido em 12 de outubro de 1923. Em Belo Horzonte, onde aos 13 anos escreveu seu primeiro trabalho literário. Não vou descreve-lo, devido ao grande número de blogs já existente com enorme conteúdo. Ao meu ver não existe o que falar. Para meu conhecimento que não é nada, ele foi completo. Principalmente o livro A MULHER DO VISINHO, apaixonantes contos realista, leves e bem humorados. Vou deixar aqui algumas frase que  deixou. A qual encontrei no blog PENSADOR.INF. Se quiserem dar uma passadinha por lá tem vários autores e frases.
De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.



O genêro literário de sabino era de uma aparente singeleza, transparencendo o humor, a ironia, ás vêzes o espirito satírico- mas
sobretudo a solidária sensibilidade do autor para o que há de delicado ou divertido nas criaturas. ( tirada do livro a mulher do vizinho).

de Fernando Sabino tirado do livro acima

DEZ MINUTOS DE IDADE

A ENFERMEIRA surgida de uma porta me impôs silêncio com o dedo junto aos lábios e mandou-me entrar.Estava nascendo! E era uma menino!
          Nem bonito nem feio; tem boca , orelhas, sexo e nariz no seu devido lugar, cinco dedos em cada mão e em cada pé. Realizou a grande temeridade de nascer, e saiu-se bem da empreitada. Já enfrentou dez minutos de vida. Ainda traz consigo, nos olhinhos engazeados, um resto da eternidade.
               Portanto, alegremo-nos. A vida também não é bonita nem feia. Tem bocas que murmuram preces, orelhas sábias no escutar, sexo que se contentam, perfumes vários para o nariz, mãos que se apertam, dedos que se acariciam, multiplos caminhos para os pés.
É verdade que algumas palavras, melhor fora nunca dize-las, outras nunca escutá-las. Olhos há que procuram ver o que não podem, alguns narizes se metem onde não devem. Há muito prazer insatisfeito, muito desejo vão. Mãos que fecham. Pés que se atropelam. Mas o simples ato de nascer já pressupõe tudo isso, o primeiro ar que se respira já contém as impurezas do mundo. O primeiro vagido é um desafio. A vida aceitou um novo corpo e o batismo vai traçar-lhe um destino. A luta se inicia: mais um que será salvo. Portanto, alegremo-nos.
          Menino sem nome ainda, não te prometo nada. Não sei se terás infância: brinquedos , quintal monte de areia, fruta verde, casca de árvore, passarinho, porão de fantasmas, formigas em fila, beira rio, galinha no choco, caco de vidro, pé machucado. O mundo de hoje, tal como o estou vendo da janela do meu apartamento, desconfio que te reserva para a infância um miraculoso aparelho eletrocosmogônico de brincar. Ou apenas uma eterna garrafa de coca-cola e um delicioso chica-bom.
          Aceita, menino, esses inofensivos divertimentos. Leva-os a sério, com toda aquela seriedade grave da infância, chupa o chica-bom, bebe a coca-cola, desmonta e torna a montar a miraculosa máquina de brincar de nosso século, que a imaginação de teu pai jamais poderia sequer conceber. Impõe a essas coisas e a essa vida que te oferecerão como infância a sofreguidão de tua boca, a ousadia de teus olhos e a força de tuas mãos. Imprime a tudo que tocares a alegria que me deste por nasceres. Quaquer que seja a tua infância, conquista-a, que te abençôo. Dela te nascerá uma convicção. Conquiste-a também-- e vai viver, em meu nome. Nada te posso dar senão um nome.
          Nada te posso dar. No teu primeiro instante de vida minha estrela não se apagou. Partiu-se em duas e lá no alto uma delas te espera, será tua. Nada te posso dar senão um nome e esta estrela. Se acreditares em estrela, vai buscá-la. 

retirado do livro A MULHER DO VIZINHO 18ª Edição   2008
 Fernando Sabino.

10/1923 <> 10/2004

sábado, 21 de agosto de 2010

BALADA
             DA
                  DOR


Tristezas que doem
por dentro moem
ao ver desgraças acontecerem.
Águas que levam
no mais alto se elevam
fazendo tantos sofrerem!
São arrastadas
as mais pobres e as abastadas
criaturas humanas!
Triste situação
todos no chão
em condição desumana.
O rico e o pobre
alguns de alma nobre
misturados na morte.
Outros conseguiram
e nem sequer fugiram
foi Deus ou foi sorte?,,,
À volta só resta
o ar que infesta
e não adianta chorar!
É dor, solidão
da grande traição
que veio do mar!
Nas covas abertas
a alma deserta
e uma pergunta no ar...
Por que aqui tão lindo?
Se tudo está findo?...
"É Deus a governar!"

Balada da Dor, dei esse nome porque
escrevi de momento, no dia 28 de dezembro de 2004,  em  decorrencia da trajédia ocorrida na Indonésia. Mas como estou postando hoje, deixo aqui minha solidariedade a tantas outras, que fizeram vítimas. E meu pedido a Deus, que abrande a Natureza e perdão em sermos nossos próprios carrascos!

A.C.Amorim
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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A
   MARÉ

Esse mar imenso de água azul,
forma ondas.
Que na quebra  suas espumas
vem sorrateiras,
umedecer com seus beijos,
a branca areia!
Esperando-a com alegria
e de braços abertos,
recebe a cada volta, na sua amplidão!
A praia sem movimento dos transeuntes,
quase deserta,
abraçados um ao outro
o murmurio quebra
o silencio da solidão!


Novamente a maré escoa,
volta seu curso.
Deixando a areia só ouvindo o canto,
do vai e vem,
que de tristeza entoa!
Na espera do retorno vislumbra,
o grande painel dos amantes.
Unindo-se no horizonte em convexo,
o encontro das águas: céu e mar!


Logo o retorno é infalível,
previsto em euforia.
A onda formada em espuma estoura,
trazendo um espetáculo nunca visto!
Lança-se sobre a areia com frenesi.
E tomando-a para si,
que ansiosamente esperava,
mata a sede e se deixa banhar!
É só um momento breve,
mas intenso.
Sabe que logo estará com suas
angústias,
quando a água retornar,
para esse mar imenso!


A.C.Amorim

quinta-feira, 22 de julho de 2010

TALVEZ
              MULHER

Debruça na varanda e sente o pranto,
rolar furtivamente, umedecendo teu rosto!
Passa a mão para secar e eu garanto,
são lágrimas, que ao ter o pensamento tosco
da noite, que mansa se entregou e amou
                                                           tanto!

Olha para a rua, lembra das brincadeiras,
quando criança corria amparando a peteca!
Em meio as amiguinhas...e as trepadeiras,
que a abrigava do sol ao ninar a boneca!

Ali admirava extasiada...
Tocar de leve na água a lavadeira!

Agora se sente mulher, e uma nuvem ameça,
a felicidade a qual, sua leviandade antecipou!
A chama que ardia aplacou, ficou baça.
E já nem sabe se foi devaneio ou se amou!
Está só e talvez com o tempo desfaça!

Machucaste a alma: Oh! jovem menina!
Tua idade é de criança, mas já és mulher!
Cresce no teu ventre a vida pequenina,
e perde os sonhos, e ainda não sabe o que quer!

Sonha...E sem perceber deixou de se menina,
para ser uma feliz ou infeliz talvez...mulher!

14/02/2006
A.C.Amorim

quinta-feira, 3 de junho de 2010


    LUA

Suave mesmo é a lua
que mansamente vem iluminar,
retirar o véu da noite intensa,
desabrochando uma saudade imensa,
saudade nem sei de quê...

Suave mesmo é a lua
ao iluminar os amantes,
e aflorar na alma o calor
do mesmo amor que sentiu antes;
"Como eu sentia por você".!

Suave mesmo é a lua,
que do alto serve de moldura,
aos jovenzinhos que sonham,
e murmuram um ao outro
que estarão juntos, em vida futura!

Tão suave é a lua,
para o casal há muito unido,
duas vidas inseparáveis, porque
é um casal de ancião.
E a lua com seu feitiço
os fazem, viver de recordações,
relembram e tem saudade
que aperta seus corações!

Pura e suave é a lua:
Acarinhando delicadamente,
alguém sob a marquise,
que dorme profundamente.
E essa mesma lua,
é testemunha de sua mazela.

Suave mesmo é a lua,
ao clarear o caminho do ébrio,
na sua vida tristonha
é mais um solitário que sonha,
um dia ser feliz
e bebe, para fugir do tédio.

Suave mesmo é a lua,
em seu eclipse silenciosa,
desaparece da Terra e volta
em caminhada morosa.

Cobre toda imensidão!...
Onde poetas e romancistas,
viajam além da imaginação.
Ê o efeito de seu brilho,
enfeitiça toda a terra,
hipnotizando com seu clarão!
Esses versos não lembro exatamente a data que foi escrito: mas recordo que foi num dia de eclipse.
fiquei horas com uma radiografia na mão tentando ver o episódio, mas com o tempo nubladfo não deu.
E logo após o eclipse a lua abriu limpa e legível. Confesso fiquei decepsionada mas ao mesmo tempo maravilhada com seu brillho!!


A.C.Amorim

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terça-feira, 18 de maio de 2010

O
    TRONCO
      Inerte e tosco um pedaço de você,
      estirado no chão, marron do tempo
      acho que sentes e chegas a sofrer,
      ali largado, nesse ínfimo contratempo.

Na chuva e sempre molhado,
passa os dias e sem perceber,
que estás ficando desgastado,
e o tempo está a te corroer.

      És roliço e sem querer decorativo.
      Tiram fotos em pose e até sentados!
      Ou algum nervosinho num gesto criativo,
      em sua ira por vingança, és chutado.

Outros se apoiam para amarrar o calçado,
o cadarço solto escoram-se, e até,
alguns achando que é o lugar indicado,
para seu animal fazer o xixi em pé.

      Como sofre esse redondo tronquinho!
      De uma grande árvore que enfeitou,
      alguma calçada, e hoje é só um banquinho,
      e acabar no tempo é o que restou!

A.C.Amorim

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segunda-feira, 10 de maio de 2010























SENHOR
              DO
                   UNIVERSO

Sentei-me no colchão macio
do alvorecer!
E a cabeça apoiada
no travesseiro das nuvens,
sob o azul do céu,
observava as garças brancas
esquecendo a solidão que o ar
emanava!...

Sonhei no infinito
e com o peito oprimido
ouvi os anjos do amor que
cantavam, dando graças
ao Senhor do Universo.

Que filha sou eu?
Se entendo tudo inverso?...

A plenitude da vida merece
cantigas de louvores...
Louvor pela vida...
Louvor pelos minutos,
que nos é concedido...

A cada instante é de Graças...

Sinto-me carregada,
nas horas ásperas
sem que eu ande com meus pés!
Deixo-me levar no colo do
Senhor do Universo!
Porque não vejo as minhas pegadas.

Então acordo e nesse alvorecer,
ainda deitada preguiçosamente,
abraço o travesseiro das nuvens
aí sim...Sinto-me viver!

23/08/06
A.C.Amorim

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Que adianta

De que adianta ter tudo
se contudo a alma está vazia!
Olho para o espelho e mudo,
não transparece nenhuma alegria.

Mergulhada na solidão sem fim,
uno os laços de sonhos às decepções.
Não quero que se apiedem de mim,
porque fugiu-me, as ilusões!

E de que adianta escrever tanto,
se ninguém lê o que escrevi.
Melhor é ficar no meu canto,
e não contar ao mundo, o que sentí!...

16/02/08
A.C.Amorim

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DEIXEI-TE
Deixei-te quase sem sentido
ao murmurar no teu ouvido
palavras doce de amor.


Com meus toques atrevidos
e o ar tão destemido
ouvia no silêncio teu suspirar!...

No peito a respiração arfante;
tu eras minha e eu teu amante
ali eu era o céu e você o mar!

Mas com um erro inconcebível
me sentia forte e invencível
e terminei flutuando no ar...

Pasmo a ví com saudade
a alma ferida na realidade
do adeus e não mais voltar!...
...
Não bastava ser o rei
sendo que minha coroa,
eu não soube carregar!....

em homenagem a uma amiga, que perdeu
seu namorado.

fev/2007
A.C.Amorim
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sábado, 8 de maio de 2010

Hoje vésperas de dia das Mães, estou deixando aqui
algumas palavras em homenagem a todas as mães.
É um simples poema que rascunhei humildemente.
E junto ofereço todas as rosas do mundo para minha
mãe e a Virgem Maria, que abençoe todas as mães
do mundo.

MÃE
Ser mãe é navegar
no rio de ternura,
e ser levada pela correnteza do amor!
Sentir o carinho da aragem pura,
que ao soprar levemente sôbre as flôres
exala, o aroma perfumado
e nos mostra a candura,
da mãe que ainda não desabrochou!

Ser mãe é andar
no roseiral da vida.
E mesmo com os espinhos,
distribuir:
a delicadeza da rosa flôr.

Ser mãe é passear de mãos dadas,
no jardim da criação.
Misturar-se no brilho
dos sorrisos inocentes
que pedem proteção.

Basta entregar-se a esses mesmos sorrisos,
fundindo um só sentimento;
(Alma e coração)!...
E acariciar com mãos aveludadas
o olhar suplicantes de alguém,
na busca de esperança...

"Não só as crianças"...

Ser mãe é apertar junto de si,
com braços gigantes,
todos os que a cerca:(Sem cobranças),
aqueles que buscam o aconchego,
fugindo das áridas caminhadas!...
E quando a idade avança,
seremos simplesmente mãe
da mãe que foi antes.

11/05/08
A.C.Amorim


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OS
   ABROLHOS

A água bate com insistência na encosta,
e lava com suas lágrimas o verde sopé.
Os abrolhos solitários acomodam
alguém que se posta,
olhando as águas azuis que até;
os animais marinhos sentem a vibração!

Perdido voa longe a imaginção!..

Juntam-se além do horizonte,
o reflexo do sol: "É escassa a visão".
Não deixando ver,
os pássaros preguiçosos, alongarem
suas asas em sincronia da maré.
O trotar das águas, no quebrar das ondas,
no barco a deriva
o observador em pé
medita, esquecido da vida e a hora!

A seu redor a magia do oceano aflora!
Em sua alma o desejo de ir além,
o obriga a flutuar
na imensidão dos sonhos,
e recebe o consolo também!
Milhões de fantasias o faz mergulhar,
retirando os seus pensamentos tristonhos!...

Por que esse mar!
Porque esse mar tem o direito
de caminhar ao rumo sem fim,
agasalhando o colorido da criação!?
Sendo o lugar perfeito
para viver e amar.
A pureza das águas faz fluir,
no observador, a paz na mente
em revolução!
Sonha;...
E tem inveja dos abrolhos enaltecidos,
que mesmo presos no mesmo lugar,
são previlegiados em ser palco,
de alguém vencido,
ou alguma ave desprezada ao pousar,
para o descanso ou meditação!
E sobre os mesmo
tenham o direito de sonhar!

06/11/05
A.C.Amorim

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